Sagrado Coração de Jesus.

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Papa Bento XVI

Amparados pela fé da Igreja para ser testemunhas

Naquele momento Jesus exclama: «Porque Me viste, acreditaste. Bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditaram!» (Jo 20, 29). Ele pensa no caminho da Igreja, fundada sobre a fé das testemunhas oculares: os Apóstolos. Compreendemos então que a nossa fé pessoal em Cristo, nascida do diálogo com Ele, está ligada à fé da Igreja: não somos crentes isolados, mas, pelo Baptismo, somos membros desta grande família, e é a fé professada pela Igreja que dá segurança à nossa fé pessoal. O credo que proclamamos na Missa dominical protege-nos precisamente do perigo de crer num Deus que não é o que Jesus nos revelou: «Cada crente é, assim, um elo na grande cadeia dos crentes. Não posso crer sem ser motivado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para guiar os outros na fé» (Catecismo da Igreja Católica, n. 166). Agradeçamos sempre ao Senhor pelo dom da Igreja; ela faz-nos progredir com segurança na fé, que nos dá a vida verdadeira (cf. Jo 20, 31).

Na história da Igreja, os santos e os mártires hauriram da Cruz gloriosa de Cristo a força para serem fiéis a Deus até à doação de si mesmos; na fé encontraram a força para vencer as próprias debilidades e superar qualquer adversidade. De facto, como diz o apóstolo João, «Quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é Filho de Deus?» (1 Jo 5, 5). E a vitória que nasce da fé é a do amor. Quantos cristãos foram e são um testemunho vivo da força da fé que se exprime na caridade; foram artífices de paz, promotores de justiça, animadores de um mundo mais humano, um mundo segundo Deus; comprometeram-se nos vários âmbitos da vida social, com competência e profissionalidade, contribuindo de modo eficaz para o bem de todos. A caridade que brota da fé levou-os a dar um testemunho muito concreto, nas acções e nas palavras: Cristo não é um bem só para nós próprios, é o bem mais precioso que temos para partilhar com os outros. Na era da globalização, sede testemunhas da esperança cristã em todo o mundo: são muitos os que desejam receber esta esperança! Diante do sepulcro do amigo Lázaro, morto havia quatro dias, Jesus, antes de o chamar de novo à vida, disse à sua irmã Marta: «Se acreditasses, verias a glória de Deus» (cf. Jo 11, 40). Também vós, se acreditardes, se souberdes viver e testemunhar a vossa fé todos os dias, tornar-vos-eis instrumentos para fazer reencontrar a outros jovens como vós o sentido e a alegria da vida, que nasce do encontro com Cristo!



Fonte:http://www.vatican.va

Papa Beto XVI


Crer em Jesus Cristo sem o ver

No Evangelho é-nos descrita a experiência de fé do apóstolo Tomé ao acolher o mistério da Cruz e da Ressurreição de Cristo. Tomé faz parte dos Doze apóstolos; seguiu Jesus; foi testemunha directa das suas curas, dos milagres; ouviu as suas palavras; viveu a desorientação perante a sua morte. Na noite de Páscoa o Senhor apareceu aos discípulos, mas Tomé não estava presente, e quando lhe foi contado que Jesus estava vivo e se mostrou, declarou: «Se eu não vir o sinal dos cravos nas Suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e não meter a mão no Seu lado, não acreditarei» (Jo 20, 25).

Também nós gostaríamos de poder ver Jesus, de poder falar com Ele, de sentir ainda mais forte a sua presença. Hoje para muitos, o acesso a Jesus tornou-se difícil. Circulam tantas imagens de Jesus que se fazem passar por científicas e O privam da sua grandeza, da singularidade da Sua pessoa. Portanto, durante longos anos de estudo e meditação, maturou em mim o pensamento de transmitir um pouco do meu encontro pessoal com Jesus num livro: quase para ajudar a ver, a ouvir, a tocar o Senhor, no qual Deus veio ao nosso encontro para se dar a conhecer. De facto, o próprio Jesus aparecendo de novo aos discípulos depois de oito dias, diz a Tomé: «Chega aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente» (Jo 20, 27). Também nós temos a possibilidade de ter um contacto sensível com Jesus, meter, por assim dizer, a mão nos sinais da sua Paixão, os sinais do seu amor: nos Sacramentos Ele torna-se particularmente próximo de nós, doa-se a nós. Queridos jovens, aprendei a «ver», a «encontrar» Jesus na Eucaristia, onde está presente e próximo até se fazer alimento para o nosso caminho; no Sacramento da Penitência, no qual o Senhor manifesta a sua misericórdia ao oferecer-nos sempre o seu perdão. Reconhecei e servi Jesus também nos pobres, nos doentes, nos irmãos que estão em dificuldade e precisam de ajuda.

Abri e cultivai um diálogo pessoal com Jesus Cristo, na fé. Conhecei-o mediante a leitura dos Evangelhos e do Catecismo da Igreja Católica; entrai em diálogo com Ele na oração, dai-lhe a vossa confiança: ele nunca a trairá! «Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus» (Catecismo da Igreja Católica, n. 150). Assim podereis adquirir uma fé madura, sólida, que não estará unicamente fundada num sentimento religioso ou numa vaga recordação da catequese da vossa infância. Podereis conhecer Deus e viver autenticamente d’Ele, como o apóstolo Tomé, quando manifesta com força a sua fé em Jesus: «Meu Senhor e meu Deus!».


Senhor eu crei, mais aumentai a minha fé.

Fonte:http://www.vatican.va

CONHEÇA O ECC

• O que é o ECC?
• Como nasceu?
• O ECC hoje
• Objetivos pastorais do ECC
•Estrutura do ECC
• Desenvolvimento
• 1ª Etapa
• 2ª Etapa
• 3ª Etapa
• Espírito do ECC
• Saiba mais sobre o Padre Alfonso Pastore, fundador do ECC no Brasil


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O QUE É O ECC?

O Encontro de Casais com Cristo – ECC – é um serviço da Igreja, em favor da evangelização das famílias. Procura construir o Reino de Deus, aqui e agora, a partir da família, da comunidade paroquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a comunidade e, principalmente, com Cristo. Para isto, busca compreender o que é "ser Igreja hoje" e de seu compromisso com a dignidade da pessoa humana e com a Justiça Social.

A evangelização do matrimônio e da família é missão de toda a Igreja, em que todos os fiéis devem cooperar segundo as próprias condições e vocação. Deve partir do conceito exato de matrimônio e de família, à Luz da Revelação, segundo o Magistério da Igreja (Orientações pastorais sobre o matrimônio – CNBB Doc. Nº 12) (DN-pág. 13)


COMO NASCEU?

Nasceu da inquietude de um sacerdote (Pe. Alfonso Pastore) que dedicou sua vida sacerdotal à Pastoral Familiar, à Pastoral da Saúde e à Pastoral Carcerária.

Teve início em 1970, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, na Vila Pompéia, em São Paulo-SP. Como disse textualmente o seu fundador: "Começou porque Deus quis, e a presença e atividade do ECC no Brasil são a prova da ação de Deus na humanidade"


O ECC HOJE

O ECC atualmente é uma realidade no Brasil inteiro, de norte a sul, de leste a oeste, estando presente e atuando em 223 (Arqui)Dioceses. Está estruturado nos 16 Regionais (divisão geográfica da CNBB).


O ECC contribui de forma efetiva para que as famílias se constituam como
“Igrejas Domésticas”,
“Formadoras de Pessoas”,
“Educadoras na Fé” e
“Promotoras do Desenvolvimento”,
tendo seu lugar insubstituível no anúncio e vivência do Evangelho,
pois o “FUTURO DA HUMANIDADE PASSA PELA FAMÍLIA”.


OBJETIVOS PASTORAIS DO ECC

O Encontro de Casais com Cristo – ECC - é um SERVIÇO da Igreja para evangelizar a família, primeiro núcleo de inculturação e da evangelização, “Igreja Doméstica” e “santuário da vida”, e para despertar os casais para as pastorais paroquiais, devidamente integrados na Pastoral de Conjunto da (Arqui)Diocese.

DESENVOLVIMENTO

O ECC foi idealizado pelo Pe. Alfonso Pastore para ser desenvolvido em três etapas distintas, indispensáveis, inter-relacionadas entre si, cada uma com características e finalidades próprias. Uma etapa prepara a outra e deve ser observada a partir de um crescimento de seus integrantes e de sua comunidade.

*Estrutura do ECC



• 1ª ETAPA
É o momento evangelizador e missionário, é o despertar, é o chamamento aos casais afastados da Igreja. Esta etapa visa, principalmente: despertar os casais para que vivam seu casamento de uma maneira cristã, a partir dos valores humanos e cristãos do casamento, das graças do Sacramento do Matrimônio e da Espiritualidade Conjugal, Familiar e Apostólica; inspirar um maior relacionamento entre os cônjuges e demais membros da família; levar os casais da paróquia a atuar nos seus diversos setores, abrindo-lhes possibilidades de doação e, por meio do Pós-Encontro, dar-lhes motivação para se engajarem; criar a convivência fraterna nas paróquias como o grande apelo, a grande missão do ECC.


• 2ª ETAPA
Esta etapa pretende levar o casal a refletir sobre o verdadeiro sentido da fé batismal, para que ele viva plenamente a mensagem de Jesus Cristo; visa ainda a dar conhecimento aos casais dos Documentos da Igreja e das Diretrizes da Ação Evangelizadora, mostrando, finalmente, o que é “ser Igreja no mundo de hoje”.


• 3ª ETAPA
Esta etapa vai propor aos casais uma reflexão profunda, séria e adulta do homem que vive numa sociedade cheia de injustiças, de opressão, de miséria, de egoísmo, de dominação e de marginalização; leva os casais a refletirem sobre a dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, e seu relacionamento com os outros homens, bem como as injustiças sociais que o impedem de ser “pessoa” e viver como cristão; preparar os filhos para a realidade do dia-a-dia, para o “ser” e não para o “ter”.


ESPÍRITO DO ECC

O ECC é um serviço-escola. Não é um movimento. Não visa prender a si os casais, nem os casais devem querer ficar presos ao ECC. Apresenta-se como um “SERVIÇO DA IGREJA ÀS FAMÍLIAS DA PARÓQUIA”. É essencialmente paroquial. Esta é a característica fundamental. Pe. Alfonso Pastore chega a dizer que “quem lhe retirar essa característica (paroquialidade) arranca-lhe a alma”. O ECC é feito de casais para casais. É ainda um serviço que procura apresentar aos casais uma visão da Igreja, por meio de seus Documentos e Encíclicas, e de sua Doutrina Social.

Espiritualidade - É a tônica do ECC e se fundamenta em 5 pontos básicos:
a) DOAÇÃO – essência da vida cristã;
b) POBREZA – atitude evangélica fundamental para se colher o Reino de Deus;
c) SIMPLICIDADE – atitude que se traduz num estilo simples, espontâneo e autêntico no relacionamento com os outros.
d) ALEGRIA – nasce da certeza da vitória do bem e é experimentada no encontro, na partilha, na doação, na comunhão com o outro.
e) ORAÇÃO – é uma relação pessoal do homem com Deus em Jesus Cristo.
Juntam-se as estes valores a FRATERNIDADE, a GRATUIDADE e a MISSIONARIEDADE.


Saiba mais sobre o fundador do ECC no Brasil


O fundador do Encontro de Casais com Cristo – ECC – no Brasil foi o padre Alfonso Pastore. Nascido em Soledade, pequeno município ao norte do Rio Grande do Sul, em 8 de novembro de 1932, era o quinto filho de uma família de sete irmãos. Seus pais, José Pastore e Maria Ranzolim Pastore, eram agricultores e muito religiosos.

Ainda criança, sua família mudou-se para Iomerê, SC. Encorajada pelos pais, a única filha do casal decidiu ser freira. Com a irmã no Juvenato, aos 14 anos, Alfonso foi para o Seminário Camiliano de Iomerê, também com o apoio dos pais.

Dois anos depois, foi cursar o ginásio em São Paulo, na Vila Pompéia. O noviciado foi feito em Jaçanã, distrito de São Paulo. Foi então que conheceu um padre francês, com quem aprendeu o valor da preparação religiosa de namorados e noivos. Conviveu também com o casal Moncau e Nancy, das Equipes de Nossa Senhora, e com o casal Solero e Lia, animadores do Movimento Familiar Cristão (MFC) em toda São Paulo.

Depois de um ano em Jaçanã, ingressou no curso de Filosofia e, três anos depois, no curso de Teologia, em São Paulo. No 4º ano de teologia, foi ordenado Padre, no dia 29 de junho de 1958. De volta ao sul do país, no Paraná, Padre Alfonso dedicou-se à Pastoral Familiar e acompanhou o surgimento da Pastoral da Criança, na Diocese de Londrina.

Em abril de 1970, voltou a São Paulo, para a paróquia de Nossa Senhora do Rosário, em Vila Pompéia, onde se dedicou a organizar os grupos do Movimento Familiar Cristão (MFC) e as Equipes de Nossa Senhora. A partir deste trabalho, sentiu a necessidade de desenvolver um trabalho mais forte com as famílias. Levou a idéia do ECC ao Frei Lucas Moreira Neves, então Cardeal, Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos, o terceiro homem na hierarquia da Igreja e Assistente Estadual do MFC. Frei Lucas pediu-lhe que levasse tal idéia ao Frei Gorgulho, assessor bíblico de Dom Arns, na época, Arcebispo de São Paulo. A resposta de Frei Gorgulho chegou 20 dias depois: "Deus abençoe a proposta".

E assim, no mês de abril de 1970 foi realizado o 1º Encontro de Casais com Cristo, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, na Vila Pompéia, com a presença de 20 casais. De São Paulo, o ECC foi para o Rio de Janeiro, expandindo-se para todo o país.

Padre Alfonso foi também provincial da Ordem Camiliana no Brasil. Em São Paulo, atuou na formação de seminaristas e foi capelão de hospitais. Depois iniciou seu trabalho como padre diocesano. Atuou em Vitória-ES, Paracatu-MG, Arinos-MG, dentre outras comunidades. Trabalhou com menores de rua, mães solteiras, atendia leprosários, manicômios, sanatórios psiquiátricos e presos. Além disso, publicou 16 livros, dos quais se destacam “Eu também não acreditava no amor e no poder de Jesus”, “Acolhimento”, “O Iníquio Sistema Carcerário” e “Missa de Cura e Testemunho”.

Por onde passou, Padre Alfonso deixou saudade do seu costumeiro "Viva", marcado de fé, dedicação, esperança e amor. Morreu em 2000, em Vitória, ES, aos 67 anos, às vésperas do ECC completar 30 anos, em 17 de março de 2000, devido a um câncer generalizado.

Biografia baseada no livro de Pe. Alfonso Pastore, “Construir a Fraternidade: o grande desafio. Onde está a fraqueza da Igreja”, e no texto de Éber e Vânia (Secretaria Nacional do Encontro de Casais com Cristo do ano 2000).

Frases de Padre Alfonso Pastore sobre o ECC:
• “O ECC em sua primeira etapa tem a missão de procurar os casais abandonados, amá-los, posicioná-los, dar-lhes uma visão de sua razão de ser como célula vital da humanidade, abrir-lhes um caminho de comunhão fraterna na comunidade paroquial e possibilitar-lhes a corresponsabilidade no serviço e nas estruturas de trabalho.”

• “O Espírito do ECC é a simplicidade, a doação, a oração, a pobreza, a humildade. Este é o caminho de Cristo, de São Francisco. Este é o caminho que liberta o coração e possibilita a fraternidade, que é o sinal do Reino do Pai.”

• “O ECC é paroquial. Esta é a sua característica vital. Quem tira esta característica, arranca-lhe a alma.”

• “A missão do ECC é atingir todos os casais residentes dentro dos limites paroquiais. Intelectuais, analfabetos, carentes, proprietários, pobres e ricos. Todos juntos, participando do mesmo Encontro. Esta é a missão do ECC; esta é a sua característica; este é o sinal de que é Igreja.”

• “O grande apelo, a grande dimensão do ECC é criar a convivência fraterna nas paróquias. Esta deve ser a tônica da luta em todos os anos.”

• “A Espiritualidade é a tônica do Encontro de Casais com Cristo. O ECC busca dar sua contribuição para que as famílias vivam melhor seu casamento, auxiliando-as no relacionamento marido e mulher e no relacionamento com seus filhos.”

• “O casal participa do ECC não apenas para servir nos outros encontros, mas para viver uma vida familiar cristã, assumir tarefas na Comunidade, integrando-se totalmente na Pastoral Paroquial, principalmente na Pastoral Familiar da Paróquia, e ser um instrumento de Deus na Sociedade.”
• “O ECC é um serviço à família, feito por casais para casais.”

• “Lembremos que o ECC é um serviço à pastoral paroquial e como tal deve estar inserido na vida da paróquia e assumir a problemática da paróquia.”

O ECC é realizado em nível paroquial e tem orientação Nacional, Regional e Arquidiocesana.”

• “O ECC, com sua participação, está contribuindo para que as famílias se tranformem em ‘Igrejas Domésticas’, em formadoras de pessoas, educadoras na fé e promotoras do desenvolvimento, tendo um lugar insubstituível no anúncio e vivência do Evangelho, construindo o Reino de Deus, aqui e agora.”


FONTE:http://www.ecc.conselhonacional.com.br

sábado, 18 de setembro de 2010

Lc 8,4-15 - Boas sementes, bom terreno, bons frutos‏


Uma grande multidão, vinda de várias cidades, veio ver Jesus. Quando todos estavam reunidos, ele contou esta parábola:
- Certo homem saiu para semear. E, quando estava espalhando as sementes, algumas caíram na beira do caminho, onde foram pisadas pelas pessoas e comidas pelos passarinhos. Outras sementes caíram num lugar onde havia muitas pedras, e, quando começaram a brotar, as plantas secaram porque não havia umidade. Outra parte caiu no meio de espinhos, que cresceram junto com as plantas e as sufocaram. Mas algumas sementes caíram em terra boa. As plantas cresceram e produziram cem grãos para cada semente.
E Jesus terminou, dizendo:
- Quem quiser ouvir, que ouça!
Os discípulos de Jesus perguntaram o que ele queria dizer com essa parábola. Jesus respondeu:
- A vocês Deus mostra os segredos do seu Reino. Mas aos outros tudo é ensinado por meio de parábolas, para que olhem e não enxerguem nada e para que escutem e não entendam.
- O que essa parábola quer dizer é o seguinte: a semente é a mensagem de Deus. As sementes que caíram na beira do caminho são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém o Diabo chega e tira a mensagem do coração delas para que não creiam e não sejam salvas. As sementes que caíram onde havia muitas pedras são as pessoas que ouvem a mensagem e a recebem com muita alegria. Elas não têm raízes e por isso crêem somente por algum tempo; e, quando chega a tentação, abandonam tudo. As sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso os frutos que elas produzem nunca amadurecem. E as sementes que caíram em terra boa são aquelas pessoas que ouvem e guardam a mensagem no seu coração bom e obediente; e, porque são fiéis, produzem frutos.

A Palavra é vida e comunicação de vida

Marcos e Mateus apresentam esta parábola e sua explicação dentro de uma coleção de várias parábolas. Lucas retira esta parábola da coleção e a coloca como preparação da cena que vem a seguir (Lc 8,19-21), na qual é mencionada a mãe de Jesus e seus irmãos. Aquele que ouve a Palavra e dá frutos pela perseverança, como a semente em terra boa, pertence à família de Jesus. A proclamação da Palavra e o ouvir não se limitam a simples emissão e recepção de sons. A Palavra é vida e comunicação de vida. Onde ela se faz presente há compaixão, solidariedade, partilha, suscitando a alegria de viver.

Oração

Pai, reconhecendo o quanto me custa ser fiel ao projeto do Reino, peço-lhe a graça de ser fiel até o fim, perseverando no compromisso assumido contigo.
Fonte:www.paulinas.org.br


A Bíblia é a Palavra de Deus.

"Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão."
(Lucas 21:3)

Jesus lhes disse:

"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura".
(Mc 16,15)

PALAVRA DO PASTOR: "Bíblia - Eleições"


Mês da Bíblia - Palavra de Deus para a Fé e a Vida.

Na busca de motivar um novo estímulo para a evangelização, o mês de setembro tem como tema a Bíblia, a Palavra de Deus que deve ser anunciada como Evangelho para toda criatura. Ela exprime a comunicação divina que chega ao seu ápice na pessoa mesma de Jesus, o Verbo de Deus feito carne para dar a vida ao mundo.
O Papa Bento XVI nos recorda (citado no número 146 do Documento de Aparecida) que “o discípulo, fundamentado assim na rocha da Palavra de Deus, sente-se motivado a levar a Boa Nova da salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como as duas faces da mesma moeda: quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele nos salva (cf. At 4,12). De fato, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”.62 E continua o mesmo documento, mostrando o destino universal da força da Palavra de Deus: “Essa é a tarefa essencial da evangelização, que inclui a opção preferencial pelos pobres, a promoção humana integral e a autêntica libertação cristã.”
E como proposta concreta de ação evangelizadora propõe no número 226 do mesmo documento: “Em nossa Igreja temos de reforçar quatro eixos: a) A experiência religiosa. Em nossa Igreja devemos oferecer a todos os nossos fiéis um “encontro pessoal com Jesus Cristo”, uma experiência religiosa profunda e intensa, um anúncio querigmático e o testemunho pessoal dos evangelizadores, que leve a uma conversão pessoal e a uma mudança de vida integral. b) A vivência comunitária. Nossos fiéis procuram comunidades cristãs, onde sejam acolhidos fraternalmente e se sintam valorizados, visíveis e eclesialmente incluídos. É necessário que nossos fiéis se sintam realmente membros de uma comunidade eclesial e co-responsáveis em seu desenvolvimento. Isso permitirá maior compromisso e entrega em e pela Igreja. c) A formação bíblico-doutrinal. Junto a uma forte experiência religiosa e uma destacada convivência comunitária, nossos fiéis precisam aprofundar o conhecimento da Palavra de Deus e os conteúdos da fé, visto que esta é a única maneira de amadurecer sua experiência religiosa. Nesse caminho, acentuadamente vivencial e comunitário, a formação doutrinal não se experimenta como conhecimento teórico e frio, mas como ferramenta fundamental e necessária no crescimento espiritual, pessoal e comunitário. d) O compromisso missionário de toda a comunidade. Ela sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reencantá-los com a Igreja e convidá-los a retornarem para ela.
Para este mês da Bíblia 2010 se propõe o estudo e a meditação do Livro de Jonas com destaque para a evangelização e a missão na cidade.
Fundamentados na Palavra de Deus, os discípulos de Cristo são missionados a levar a força da mesma Palavra transformadora da realidade humana em Reino de Deus, a partir dos corações humanos que a recebem e acolhem como Palavra de Vida. A Palavra de Deus como semente desenvolve-se na escuta, na meditação, na oração, na vida e na partilha. Como o próprio Jesus a comparou, mesmo sendo pequena como um grão de mostarda, tem em si a força para fazer crescer uma grande planta onde até as aves do céu vem fazer seus ninhos.
A Palavra de Deus chama à Vida e à Missão.
Eleições - compromisso cidadão.
Desde o início do Cristianismo, tem sido convicção de fé a conseqüência política da vida cristã. Conseqüência política tem o projeto cristão de fazer acontecer o Reino de Deus, que é a comunhão universal de todas as pessoas como filhos e filhas do único e mesmo Pai do Céu, reino que é vida plena para todos a partir do transitório desta existência terrena até o definitivo da vida eterna.
Assim, a participação dos cristãos na vida política não é simples questão de gosto pessoal, mas opção e dever de suma caridade, o responsabilizar-se pelo bem de todos os concidadãos, que são irmãos e co-herdeiros da vida divina, chamados a ser não só cidadãos desta terra, mas concidadãos no Reino de Deus.
Ilumina muito o papel dos cristãos em meio à sociedade humana um texto antigo da Igreja, chamado "Carta a Diogneto" do século II: "Os cristãos não se diferenciam dos outros homens nem pela pátria nem pela língua nem por um gênero de vida especial. De fato, não moram em cidades próprias, nem usam linguagem peculiar, e a sua vida nada tem de extraordinário. ... Moram em cidades gregas ou bárbaras, conforme as circunstâncias de cada um; seguem os costumes da terra, quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas o seu modo de viver é admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio. Habitam em suas pátrias, mas como de passagem; têm tudo em comum como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria. Todo país estrangeiro é sua pátria e toda pátria é para eles terra estrangeira. ... Moram na terra, mas sua cidade é no céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas com seu gênero de vida superam as leis. Amam a todos ... Numa palavra: os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo."
Torna-se compromisso inalienável para o discípulo de Cristo, como cidadão deste mundo, colaborar com a construção de uma sociedade justa e solidária, que seja caminho para a expressão plena da dignidade humana.
Serviço público para o cristão deve ser expressão de uma verdadeira caridade coletiva, que busca o bem comum de todos os que são chamados como humanidade a fazer família no Reino de Deus. Voto é compromisso no exercício da participação democrática, colaboração na busca do mesmo bem comum. Portanto, voto é responsabilidade para com o bem de todos e não oportunismo de proveito próprio imediato. Voto não se vende. Voto não se desperdiça. Voto produz conseqüências. A esta alta responsabilidade são chamados os que já na antiguidade cristã se reconheciam com a missão de ser “no mundo o que a alma é no corpo”.

Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo de Fortaleza




Fonte:http://padrecarlostamboril.blogspot.com