Sagrado Coração de Jesus.

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Que sentido você esta dando a sua Vida?


Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente: As perdas do ser humano.
Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos.
Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem. Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo.
Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder e seguimos a ganhar.
Perdemos primeiro a inocência da infância,o ser crinça. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas porque alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair... E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar.
Por quê?
Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás.
Estamos crescendo... Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer...
Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros. Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.
Receamos dar risadas e ainda falar bem alto sobre o assunto. Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros. E aprendemos. E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos pelos, ganhamos altura, ganhamos o mundo. Que mundo?
Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos. ah! os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.

Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais? A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado?
E continuamos amadurecendo, ganhamos um carro novo, um companheiro,uma companheira, ganhamos um diploma. E mais ainda assim perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva...
Mas perdemos peso!!! Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos-lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade mais anda há um vazio. E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.
De repente percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas), ganhamos celulite, estrias, ganhamos peso. e perdemos cabelos. Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir. perdemos a esperança. Estamos envelhecendo...
Não podemos deixar pra fazer algo quando estivermos morrendo. Aquele que se faz em vida, pelo perdão a si próprio, pelo compreender que as perdas fazem parte, mas que apesar delas, o sol continua brilhando e felizmente chove de vez em quando, que a primavera sempre chega após o inverno, que necessita do outono que o antecede.
Que a gente cresça e não envelheça simplesmente. Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie. Que tenhamos rugas e boas lembranças. Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia. Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos. E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, sintam-se amados mais do que saibam-se amados.

Afinal, o que é o tempo? Não é nada em relação a nossa grande missão. E que missão!


"Buscai o Senhor enquanto se pode achar..." (Isaías 55:6)

Estejam prontos a viver para os outros, a sofrer pelo bem e a justiça


O papa Bento XVI recebeu em audência, na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de sete mil jovens voluntários do Serviço civil nacional italiano, aos quais exortou a serem pessoas "prontas a se dedicar aos outros, dispostas também a sofrer pelo bem e a justiça".O Santo Padre manifestou seu grande apreço pela obra realizada pelos jovens voluntários do Serviço social. Trata-se de uma missão a serviço daquela paz que jamais se pode considerar "alcançada de modo estável, mas que deve ser construída continuamente" - disse.Infelizmente, "jamais cessam guerras e violências, e a busca da paz é sempre árdua" – afirmou o papa. Na esteira do Concílio Vaticano II, o pontífice denunciou com veemência "a corrida armamentista", porque – ressaltou – "não é o caminho seguro para manter firmemente a paz".Pelo contrário, a corrida armamentista "é uma das chagas mais graves da humanidade e prejudica os pobres de modo intolerável", enfatizou o Santo Padre, acrescentando que é necessário partir da reforma dos espíritos "para que esse escândalo possa ser removido":"Hoje, como no passado, a autêntica conversão dos corações representa o caminho justo, única via que pode levar cada um de nós e toda a humanidade à paz desejada. É o caminho indicado por Jesus: Ele – que é o Rei do universo – não veio trazer a paz no mundo com um exército, mas mediante a rejeição à violência. E o disse explicitamente a Pedro, no horto das Oliveiras: 'Guarda a tua espada no seu lugar, pois todos os que pegam a espada pela espada perecerão' (Mt 26, 52).""É o caminho seguido e que seguem não só os discípulos de Cristo, mas muitos homens e mulheres de boa vontade, testemunhas corajosas da força da não-violência", enfatizou Bento XVI que, sempre citando o Concílio Vaticano II, disse:"Nós não podemos deixar de louvar aqueles que, renunciando à violência na reivindicação de seus direitos, recorrem àqueles meios de defesa que, ademais, estão ao alcance também dos mais fracos – desde que se possa fazer isso sem prejudicar os direitos e deveres dos outros ou da comunidade. Caros amigos, também vocês pertencem a essa categoria de agentes de paz. Portanto, sejam sempre e em todos os lugares, instrumentos de paz, rejeitando com firmeza o egoísmo e a injustiça, a indiferença e o ódio, para construir e difundir com paciência e perseverança a justiça, a igualdade, a liberdade, a reconciliação, o acolhimento, o perdão, em todas as comunidades."Citando sua última mensagem para o Dia Mundial da Paz, Bento XVI convidou "a alargar o coração às necessidades dos pobres", porque "combater a pobreza é construir a paz". É o que fazem os jovens do Serviço civil, comumente empenhados com a Caritas e outras estruturas sociais, próximos a problemas do povo mediante uma concreta solidariedade. O Santo Padre recordou as palavras de Jesus: "quem quiser salvar a própria vida, perdê-la-á; mas quem quiser perder a própria vida por causa de mim e do Evangelho, ganhá-la-á":"Há nessas palavras uma verdade não somente cristã, mas universalmente humana: a vida é um mistério de amor, que quanto mais doamos, mais nos pertence. Isto é, quanto mais nos doamos, quanto mais doamos nós mesmos, o nosso tempo, nossos recursos e qualidades para o bem dos outros."Como dizia São Francisco de Assis: "é dando que se recebe, perdoando que se é perdoado, morrendo que se vive para a vida eterna" - ressaltou:"Caros amigos, seja sempre essa a lógica de suas vidas... Sejam pessoas prontas a viver para os outros, dispostas também a sofrer pelo bem e a justiça."


Papa Bento XVI


Para tudo há uma ocasião certa, há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu, tempo de nascer e tempo de morrer... Tempo de lutar e tempo de viver em Paz. (Eclesiastes 3:1-8)

Fonte:Vaticano

sábado, 23 de outubro de 2010

O pedreiro


Um velho pedreiro estava para se aposentar. Ele contou ao seu patrão seus planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas e viver uma vida mais calma com sua família.

Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria.

O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor especial.

O pedreiro consentiu, mas com o tempo era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e se utilizou de mão-de-obra e matérias-primas de qualidade inferior.

Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira.

Quando o pedreiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao pedreiro. "Esta é a sua casa", ele disse, "meu presente para você"

Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado.

Agora ele teria de morar em uma casa feita de qualquer maneira.

Assim acontece conosco. Nós construímos nossas vidas de maneira distraida, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o melhor.

Nos assuntos importantes nós não empenhamos nosso melhor esforço. Então, em choque, nós olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos. Se soubéssemos disso, teríamos feito diferente.

Pense em você como o pedreiro. Pense sobre sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede.

Construa sabiamente.

É a única vida que você construíra. Mesmo que você tenha somente mais um dia de vida, este dia merece ser vivido graciosamente e com dignidade.

A placa na parede está escrito: "A vida é um projeto, faça você mesmo."

Quem poderia dizer isso mais claramente?

Sua vida de hoje é o resultado de suas atitudes e escolhas feitas no passado.

Sua vida de amanhã será o resultado de suas atitudes e escolhas que fizer HOJE!!!


"Sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu."
(Mateus 5,48)


Fonte: Desconhecido

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Vinho e a Água


Nos Alpes Italianos existia um pequeno vilarejo que se dedicava ao cultivo de uvas para produção de vinho.

Uma vez por ano, acontecia uma grande festa para comemorar o sucesso da colheita.

A tradição exigia que nessa festa cada morador do vilarejo Trouxesse uma garrafa do seu melhor vinho, para colocar dentro de um grande barril, que ficava na praça central.

Um dos moradores pensou:

"Porque deverei levar uma garrafa do meu mais puro vinho?

Levarei água, pois no meio de tanto vinho o meu não fará falta. Assim pensou e assim fez.

Conforme o costume, em determinado momento, todos se reuniram na praça, cada um com sua caneca para provar aquele vinho, cuja fama se estendia muito além das fronteiras do país.

Contudo, ao abrir a torneira, um absoluto silêncio tomou conta da multidão.

Do barril saiu... água!

A ausência da minha parte não fará falta." foi o pensamento de cada um dos produtores...

Muitas vezes somos conduzidos a pensar: "Tantas pessoas existem neste mundo!

Se eu não fizer a minha parte, isto não terá importância."

... E vamos todos beber água em todas as festas e não o bom vinho.

Evangelize...................

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ninguém é missionário sem fascínio por Cristo.


"Sem a fascinação por Cristo, ninguém se torna missionário! [...] Sem amor à Igreja e profunda união com Ela, também não acontece a missão", enfatiza o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer.

No artigo intitulado "Ainda haverá fé sobre a terra?", publicado na edição desta semana do jornal oficial da Arquidiocese O São Paulo, Dom Odilo fala sobre a Missão Continental, projeto missionário assumido pelo episcopado da América Latina e do Caribe após a Conferência de Aparecida, realizada em 2007.

"A missão não acaba nunca. [...] Em nosso tempo, é necessário evangelizar e fazer missão com novos métodos, novas expressões e com renovado ardor missionário", explica.

O prelado indica que os batizados possuem um papel fundamental nessa atitude de promover uma nova postura missionária, "tornando-nos mais e mais discípulos autênticos de Cristo, seus amigos e seguidores".

Por fim, o cardeal afirma: "A missão continental, realizada em todas as dioceses, fará com que nossa Igreja se renove na evangelização e na vida eclesial".

Em nosso tempo é necessario evangelizar e fazer missão com novos metódos"

Cardeal Odilo Scherer


Ninguém é tão missionário quanto Jesus, o enviado do Pai para revelar sua face. Missionário é aquele que leva para o outro a grande novidade do Evangelho. Somos missionários à medida que conhecemos Jesus e o revelamos aos outros.

Ser missionário como Jesus é estar sempre em sintonia com Deus. Jesus não descuidava nenhum instante de sua relação de Filho com o Pai. Apesar de Jesus não se desligar do Pai, nunca se desligou de seu povo e de sua gente. O objeto de sua pregação sempre foi os “mais esquecidos”, desvalorizados, os repugnados da sociedade.

Que neste mês dedicado às missões despertemos o Cristo nos corações das pessoas e que Maria, discípula missionária, inspire nossas ações.

Fonte:http://cancaonova.com

O poder do diálogo no matrimônio


Muitas vezes, as pessoas se fecham para quem se ama

A última Encíclica do Santo Padre, o Papa Bento XVI, “Caritas in Veritate”, de 29 de junho de 2009, apresenta uma proposta de vida, na qual as pessoas devem viver a verdade. Esta verdade deverá ser procurada, expressa e encontrada na caridade; e toda caridade precisa ser compreendida, avaliada e praticada à luz da verdade. O Papa usa a expressão “ágape” para falar de caridade e “logos” para dizer da verdade. E afirma que da verdade (logos) sai a palavra dia-logos: diálogo, comunicação, comunhão. A comunhão é fruto do diálogo.

No matrimônio, o diálogo entre os cônjuges é a fonte para que o amor se alimente, cresça e frutifique em obras na própria vida do casal e também frutos de transformação da sociedade. A base do diálogo é e será sempre a verdade, mas a forma de se dizer a verdade precisa ser a caridade, com respeito à outra pessoa. Vemos muitos casais em crises conjugais por causa da falta de diálogo, por não expressarem livremente a sua opinião, causando sempre a depressão no outro, que se sente sufocado por viver a partir da verdade do cônjuge, sem poder se dizer. Eu diria até sem ser valorizado como pessoa. Por isso, o diálogo é fundamental no matrimônio.

O que seria, então, o diálogo? Arrisco afirmar que a base é a escuta; não o falar. Para se aprender a dialogar com os outros é preciso aprender a ouvi-lo sem qualquer preconceito, sem querer corrigi-lo ou interferir em sua fala. Toda pessoa precisa ser ouvida, precisa ter alguém que a escute e dê atenção às suas aspirações, sofrimentos, anseios diários... Enfim, todos precisamos que alguém nos acolha com amor e nos escute por um momento do dia. Acho este o ponto essencial no diálogo: um fala e o outro escuta, depois o outro fala e o primeiro escuta. O fruto do diálogo deverá ser o consenso, uma opinião comum.

Quando tudo isso não acontece, as pessoas acabam se fechando e não se comunicando com quem ama, porque este não soube ouvi-la ou, então, interpretou a sua fala de forma errônea, distorcendo aquilo que ouviu e reagindo de forma agressiva ou indeferente.

O centro do diálogo é a busca da verdade, e a verdade é Jesus Cristo. Nele podemos encontrar o ponto de unidade para o diálogo, por isso a importância do casal rezar juntos. Quem reza junto consegue conversar e dialogar de forma madura, com respeito. Podemos até discordar da opinião dos outros, mas é sempre bom separar o fato da pessoa. Separe e preserve sempre a pessoa; discuta opiniões. Toda discussão tem de ter como base o amor.

A verdade dita sem amor torna-se agressiva e não produz o efeito de ajuda para a melhora do outro. Se aprendermos a viver o diálogo pela verdade, mas ajustado ao amor de Deus, poderemos ser mais felizes no nosso matrimônio. Leia a Encíclica do Papa Bento XVI.

Deus o abençoe!


Diácono Paulo Lourenço

Fonte: http://blog.cancaonova.com

A felicidade mora no lar



Quem não está disposto ao sacrifício nunca saberá o que é felicidade

"Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles poucos que pude passar em minha casa, no seio de minha família" (Tomas Jefferson, ex presidente dos EUA).

A maior alegria é colhida, a cada dia, na família. Eu não trocaria por nada toda a vida que vivi em meio aos meus familiares. A alegria de gerar os filhos, educá-los e conviver com eles faz a nossa maior felicidade. Infelizmente, muitos estão enganados pensando que podem buscar a felicidade fora do lar. Não faça isso. Faça a sua vida girar em torno de um lar, pois nada nos faz tão felizes como aquilo que construímos com a nossa vida, com a nossa luta e com a nossa dedicação.

A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é o nosso lar. Um homem não pode deixar ao mundo uma herança melhor do que uma família bem criada.

Alguém disse que o mundo oferece aos homens e aos pássaros mil lugares para pousar, mas apenas um ninho. Um homem que não for feliz no lar, dificilmente o será em outro lugar.

O homem percorre o mundo à procura da felicidade, mas volta para casa e a encontra lá.

Leon Tolstói disse que “a verdadeira felicidade está na própria casa. Entre as alegrias puras da família e o carinho da pessoa amada é que somos felizes”. Todo homem pode deixar para este mundo uma grande herança: um seio familiar bem constituído. Terá, então, prestado um grande serviço à pátria e a Deus.

Tudo isto nos ensina que não há autêntica e duradoura felicidade construída fora do lar. Até quando nos deixaremos enganar, querendo buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós? A família é o nosso complemento, a base da sociedade. Nela somos um indivíduo reconhecido e amado; não apenas um número de RG ou CPF.

É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado, sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói, a sociedade toda corre sério risco; e é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime, porque não tiveram um lar.

Sem dúvida, a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. As separações arrasam com os casamentos e, consequentemente, com as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais, sofrem com isto. Quando as famílias eram bem constituídas, não haviam tantos jovens envolvidos com drogas e com a violência, com a homossexualidade e depressão. Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, onde os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. É isso que dá felicidade ao homem e à mulher.

Infelizmente, uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos e famílias sólidas.

Ora, é preciso entender que não há, na face da Terra, algo mais nobre e belo que um homem e uma mulher possam fazer do que gerar e educar um filho. Nada pode ser, nem de longe, comparado à vida humana. Nem toda riqueza que há debaixo da terra vale uma só vida humana, porque esta é criada à imagem e semelhança de Deus, dotada de inteligência, liberdade, vontade, consciência, capacidade de amar, cantar, sorrir e chorar. O que pode ser comparado a isto?

Nada pode nos dar tanta satisfação do que ver seu filho nascer, ensiná-lo a andar, falar, escrever e seguir o seu caminho neste mundo.

A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos cônjuges. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta; e esta fidelidade tem um alto preço de renúncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade e viver um para o outro, absolutamente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isto seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.

Não permita que o seu lar se dissolva por causa de uma infidelidade de sua parte. A felicidade tem um preço; na família, temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa. Não brinque com fogo.

A grande ameaça à família é a infidelidade conjugal. Muitos maridos e esposas traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar sua infelicidade própria e a dos filhos. Saiba que isto não compensa jamais. Não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta. Se você destruir a sua família estará destruindo a sua própria felicidade.

Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. Um poeta disse que viu a mulher na mão do homem como uma harpa que ele não sabia tocar, e ouviu-o queixar-se, porque os sons não eram melodiosos.

O casal precisa saber se perdoar, porque se um não perdoa o outro em suas pequenas falhas, jamais desfrutará de suas grandes virtudes. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isto depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro, ajudá-lo a crescer, a vencer seus problemas. Amar é construir alguém querido com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a este sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar.

O casal precisa ser unido profundamente. Eles devem ser como uma só pessoa. A vida deles deve ser vivida a dois: os mesmos planos, os mesmos projetos, os mesmos valores... Deve ser com a união do café com leite, que ninguém mais pode separar.

Os rios Negro e Solimões se unem para formar o grande Amazonas, e ninguém mais os separa; é assim que deve ser um casal, unidos por toda a vida. Mas isto tem um preço: a renúncia de cada um para viver para o outro. Sem saber dizer não para nós mesmos, não seremos capazes de dizer sim para o outro.

O homem não precisa trocar de mulher para ser feliz. É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a sua vida, quanto dizer que um violonista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música. Se alguém não sabe tocar violino não adianta trocá-lo.

Aprenda que a felicidade não é conquistar uma mulher diferente a cada dia, ou conquistar um homem a cada dia; mas conquistar a mesma mulher ou o mesmo homem todos os dias.

A felicidade dos pais está na geração e na educação de seus rebentos; porque esta é uma missão do casal, dada por Deus.

Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser músico. Ser pai e ser mãe é muito mais do que gerar filhos, é educá-los em todas as dimensões: física, racional, moral e espiritual.

Uma senhora me disse que os filhos saem da barriga da mãe e passam para a cabeça dela para sempre. É verdade, os filhos são as âncoras que mantêm as mães agarradas à vida. Para educá-los bem, os pais precisam, antes de tudo, de ter tempo para eles e saber conquistá-los; sem isto, eles não os ouvirão e não seguirão seus conselhos. Mas eles devem ser conquistados por aquilo que você é para eles; não aquilo que você dá para eles.

Cada filho é como um diamante que Deus nos entrega para ser lapidado com carinho. Não há alegria maior para um homem do que encontrar alegria em seu filho. E este é a nossa imagem. O filho é educado muito mais pelo exemplo dos pais do que por suas palavras.


Fonte: http://www.cancaonova.com

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

NÃO!


E quando a vida teimar em levar você para o outro lado, o lado obscuro da vida, insista e diga "NÃO".
Pense no quanto pode ser difícil desistir dos sonhos porque outros sonham absurdos por ti.
Pense na vida cheia de um colorido forte onde o preto não identifica o luto de uma vida que está morrendo em liberdades fracas e superficiais de um mundo profano e promíscuo. Pense que o melhor momento é aquele onde o amor faz brilhar os olhos e dos olhos, caem lágrimas suaves sobre a face de quem ama.
Pense no momento onde as palavras não gritam o ódio, o rancor, a mágoa, a inveja ou o ciúme.
Pense nas palavras soltas que gritam o amor pulsante e extraodinariamente verdadeiro de um ser que pensa em ti, também. Palavras que gritam por paz.
E quando a vida teimar em levar você para o lado escuro, insista e diga para ela que tudo o que vale a pena esta aqui, deste lado.
A felicidade no ar que respiras, mesmo que poluído.
A felicidade no sorriso desdentado das crianças pobres que dormem nos bancos das ruas, nas ruas escuras e perigosas onde o medo salta aos olhos, mas a vida, insiste em dar-lhes esperança.
A felicidade de ter uma mão estendida quando tantas se afastam das tuas.
A felicidade no abraço do amigo que há tanto tempo sumiu e hoje, encontra-se sozinho, vivendo de um jeito incerto, pois percebeu tarde que tudo o que o inimigo quer é que ele se disfaça do seu "eu interior". Ele promete as belezas do mundo e as dá de graça, mas o preço que se paga por essa tal felicidade é muito alto.
A felicidade de poder gritar bem alto para que todos ouçam: Vida! Esse é o lado que escolhi para ser feliz. A minha escolha é ficar ao lado de Deus e, Ele me quer viva carregando uma cruz que nada pesa.
Uma cruz onde os problemas, as tribulações, as tempestades pesam mais para Ele do que para mim, pois nada sou sem o meu Deus.
E quando a vida insistir em querer te levar, diga de novo "NÃO!

E finalmente Perguntemo-nos se vale a pena tanto esforço.


Sim, vale...é só não desistir!

Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos (Lc 10,3)


Não pode deixar de nos causar algum espanto, alguma surpresa, estas palavras de Jesus. Através delas aparece o perigo imediato e potencial perante o qual somos colocados, face ao qual somos enviados. Os lobos são um perigo para os cordeiros. Somos assim enviados como discípulos para o meio dos perigos e confrontos. Não há volta a dar.
Este envio torna-se contudo ainda mais paradoxal quando nos confrontamos com a recomendação de não levar nada para o caminho, nem bolsa, nem sandálias, nem cajado, nenhum apoio no qual nos possamos sustentar, ou seja frágeis e vulneráveis, pobres e indigentes é que nos devemos apresentar. O Senhor eleva a fasquia da radicalidade no seguimento e do envio.
Mas é necessário, pois só assim o enviado pode ser livre e os resultados da sua missão podem ser reais, verdadeiros e efectivos. De contrário, como é que os lobos poderiam aprender a linguagem do amor, a radicalidade da vida assumida e vivida em Jesus Cristo como filhos de Deus? Se nos apresentássemos como lobos, fortes entre os fortes, alguém poderia ver um sinal contrário, alguém poderia sentir-se tocado pela diferença, alguém poderia sentir desejo de conversão?
A vulnerabilidade é ou deveria ser a nossa condição porque o nosso Senhor e Mestre foi também vulnerável, experimentou a vulnerabilidade na sua radicalidade. A cruz é o sinal mais eloquente dessa vulnerabilidade e da potencialidade de conversão, e o centurião romano é o primeiro resultado, o nosso primeiro convertido: “este homem era verdadeiramente Filho de Deus” (Mc 15,39).
Com a força do Espírito Santo saibamos apresentar-nos desprendidos de tudo, frágeis e vulneráveis, confiantes apenas de que o Senhor está connosco, porque como diz São Paulo “é quando sou fraco que sou forte” (2Cor 12,10).


Fonte:http://amigosdesantavitoria

Família, Santuário da Vida


O Papa João Paulo II chama a família de “ Santuário da vida” (CF, 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge como de uma nascente sagrada, e é cultivada e formada. É missão sagrada da família, guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida. O Concílio Vaticano II já a tinha chamado de “a Igreja doméstica” (LG, 11) onde Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido; e ensinou que: ´A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar´ (GS, 47). ´Desta maneira a família, na qual convivem várias gerações, que se ajudam mutuamente em adquirir maior sabedoria e em hamonizar os direitos pessoais com outras exigências sociais, constitui o fundamento da sociedade´ (GS, 52). Jesus habita com a família cristã nascida no Sacramento do matrimônio.
A sua presença nas Bodas de Caná da Galiléia significa que o Senhor ´quer estar no meio da família´, ajudando´a a vencer todos os seus desafios. Essas duas expressões exprimem bem o sentido profundo da família. Desde que Deus desejou criar o homem e a mulher “à sua imagem e semelhança” (Gen 1,26), Ele os quis “em família”. Tal qual o próprio Deus que é uma Família em três Pessoas divinas, assim também o homem, criado à imagem do seu Criador, deveria viver numa família, numa comunidade de amor, já que “Deus é amor” (1 Jo 4,8) e o homem lhe é semelhante. Na Carta às Famílias, que o Papa João Paulo II escreveu em 1994, afirma que: “Antes de criar o homem, o Criador como que reentra em si mesmo para procurar o modelo e a inspiração no mistério do seu ser ...”(CF, 6). Todos os seres criados, exceto o homem, já nascem dotados de tudo o que precisam para se tornarem completos na sua natureza. Conosco é diferente; pois Deus nos quis semelhantes a Ele e construtores do nosso próprio futuro. É o que Deus disse ao casal: “Crescei, multiplicai, e dominai a terra”. (Gen 1,28) Na visão bíblica, homem e mulher são chamados a, juntos, continuar a ação criadora de Deus, e a construção mútua de ambos. Só ao casal humano dá a inteligência para ver, a liberdade para escolher, a vontade para perseverar e a consciência para ouvir continuamente a Sua Voz. Esta é a alta dignidade que Deus confere à criatura feita à sua imagem. Para corresponder a esta grandeza dada pelo Criador, o homem deve viver a sua liberdade com responsabilidade. Pecar será sempre abusar da liberdade que Deus nos deu; isto é, vivê´la sem responsabilidade e verdade. “Ponho diante de ti a vida e a morte, a benção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade, amando o Senhor teu Deus, obedecendo a sua voz e permanecendo unido a ele” (Dt 30,19´20).
Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC), diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (CIC, 2205). Essas palavras indicam que a família é, na terra, a marca (“vestígio e imagem”) do próprio Deus, que, através dela continua a sua obra criadora. Desde que existe a humanidade existe a família, e ninguém jamais a pôde ou poderá destruir, pelo fato de que ela é divina; isto é, foi instituída por Deus. Como ensina o nosso Catecismo, ela é “a célula originária da vida social”. “É a sociedade natural na qual o homem e a mulher são chamados ao dom de si no amor e no dom da vida” (CIC, 2207). A família é o eixo da humanidade, é a sua pedra angular. O futuro da sociedade e da Igreja passam inexoravelmente por ela. É alí que os filhos e os pais devem ser felizes. Quem não experimentou o amor no seio do lar, terá dificuldade para conhecê´lo fora dele. “A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente da liberdade.

A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC, 2207). O Concílio Vaticano II definiu a família como “íntima comunidade de vida e de amor” (GS, 48). O mesmo Deus que num desígnio de pura bondade criou o homem e a mulher, os quis em família: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar´lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gen 2,18). Depois de ter criado a mulher “da costela do homem” (v. 21), a levou para ele. Este, ao vê´la, suspirou de alegria: “Eis agora aqui, disse o homem, o osso dos meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher ...” (v. 23) Após esta declaração de amor tão profunda ´ a primeira na história da humanidade ´ Deus, então, mostra´lhes toda a profundidade da vida conjugal: “Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne”. (v. 24) É significativo que, em hebraico, as palavras homem e mulher tenham a mesma raiz: ish e ishá. Depois de criar o homem e a mulher, Deus lhes disse: “Crescei e multiplicai´vos, enchei a terra e submetei´a. Dominai ...” (Gen 1, 28). Este é o desígnio de Deus para o homem e para a mulher, juntos, em família: “crescer”, “multiplicar”, “encher a terra”, “submetê´la”.


E para isso Deus deu ao homem a inteligência para projetar e as mãos para construir o seu projeto. Com isso o homem e a mulher vão “dominando” tudo, desde o microcosmo das bactérias, vírus, moléculas, átomos, etc., até o macrocosmo das estrelas e galáxias. Já o salmista exclamava : “Que é o homem, digo´me então ...? Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e de honra o coroastes. Destes´lhes poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo ...” (Salmo 8,4´7). Nestas palavras de Deus: “crescei e multiplicai´vos” encerra´se todo o sentido da vida conjugal e familiar. Desta forma Deus constituiu a família humana, a partir do casal, para durar para sempre, por isso, A FAMÍLIA É SAGRADA ! Neste contexto vemos que o homem não pode estar só, falta´lhe algo para a realização completa do seu ser humano. Vemos aí toda a importância e beleza do matrimônio que enriquece o casal na sua complementaridade. Esse era o plano de Deus quando “criou o homem...criou´o homem e mulher”(Gen 1,27).


Vemos aí também a dignidade, baseada no amor mútuo, que levam o homem e a mulher a deixarem a própria casa paterna, para se dedicarem um ao outro totalmente. Este amor é tão profundo, que dos dois faz um só, “uma só carne”, para que possam juntos realizar um grande projeto comum : a família. Daí podemos ver que sem o matrimônio forte e santo, não é possível termos uma família forte e santa, segundo o desejo do coração de Deus. Quando os fariseus colocaram Jesus à prova, e perguntaram sobre o divórcio, o Senhor lembrou o começo da história da humanidade, em que por vontade de Deus, um homem e uma mulher unem´se tão estreitamente, e de modo tão absoluto, que se tornam “uma só carne”. “Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formarão uma só carne?” Então, a conclusão de Jesus é a mais lógica: “Não separe o homem, o que Deus uniu”( Mt 19,6). Tudo isto mostra como Deus está implicado nesta união absoluta do homem com a mulher, de onde vai surgir, então, a família. Por isso não há poder humano que possa eliminar a presença de Deus no matrimônio e na família. Deus vive no lar nascido de um matrimônio. Na missa que o Papa celebrou na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, em outubro de 1997, ao comentar a presença de Jesus e de Maria nas Bodas de Caná, disse: “Não será legítimo ver na presença do Filho de Deus, naquela festa de casamento, o indício de que o matrimônio haveria de ser o sinal eficaz de sua presença?” Isto nos faz entender que a celebração do sacramento do matrimônio é garantia da presença de Jesus no lar alí nascente.
Como é doloroso perceber hoje que muitos jovens, nascidos em famílias católicas, já não valorizam mais este sacramento, e acham, por ignorância religiosa, que já não é importante subir ao altar para começar uma família! Toda esta reflexão nos leva a concluir que cada homem e cada mulher que deixam o pai e a mãe para se unirem em matrimônio e constituir uma nova família, não o podem fazer levianamente, mas devem fazê´lo somente por um autêntico amor, que não é uma entrega passageira, mas uma doação definitiva, absoluta, total, até a morte. Este é o projeto maravilhoso de Deus ao desejar que a humanidade existisse neste nosso mundo, em família. Ela é o arquétipo, o modelo de vida que o Senhor Deus quis para o homem na terra. Se destruirmos a família, destruiremos a sociedade. Por isso, é fácil perceber, cada vez mais claramente, que os sofrimentos das crianças, dos jovens, dos adultos e dos velhos, têm a sua razão na destruição dos lares. Quando aconteceu a revolução bolchevista na Rússia, em 1917, naquela euforia proletária marxista materialista, que rejeitava a religião como “o ópio do povo”, os líderes da revolução quiseram banir a família da sociedade russa, como se fosse um fruto rançoso da Igreja. Vinte e cinco anos depois, o próprio Lenin declarava que era preciso voltar a família na sociedade russa, porque ela estava se transformando num bordéu!
Marcada pelo sinete divino, a família, em todos os povos, atravessou todos os tempos e chegou inteira até nós no século XX. Só uma instituição de Deus tem esta força. Ninguém jamais destruirá a força da família por ser ela uma instituição divina. Para vislumbrar bem a sua importância, basta lembrar que o Filho de Deus, quando desceu do céu para salvar o homem, ao assumir a natureza humana, quis nascer numa família. “Na plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho ao mundo nascido de uma mulher ...”(Gal 4,4). Já que Ele não poderia ter um pai natural na terra, adotou José como pai legal: “Não é este o filho do carpinteiro? “ (Mt 13,55) Normalmente é o pai quem adota um filho, mas aqui é o contrário, é o Filho quem adota um pai ! Daí podemos ver toda a grandeza de José: foi o escolhido do Pai para ser o pai adotivo do seu Filho. Quando José quis abandonar Maria “para não difamá´la”, ele “que era justo” (Mt 1,19), de imediato Deus enviou o Anjo Gabriel a José, em sonho, para dizer´lhe: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1,20´21).
É importante relembrar aqui que no costume dos judeus, era o pai da criança quem lhe punha o nome, e isto no dia da circuncisão, oito dias após o seu nascimento. Coube a José a honra de dar´lhe o nome de Jesus (cf. Lc 1,59, 62´63). “Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi´lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o Anjo, antes de ser concebido no seio materno”. (Lc 2,21) Com isto vemos que, mesmo sem precisar, Jesus quis ter um pai na terra, quis ter uma família, viveu nela trinta anos. Isto é muito significativo. Com a sua presença na família ele sagrou todas as famílias. Conta´nos São Lucas que após o seu encontro no Templo, eles voltaram para Nazaré, “e Ele lhes era submisso” (Lc 2,51). Vemos assim que a família é “um projeto de Deus”. Como Jesus deveria “assumir tudo que precisava ser redimido”, como diziam os Santos Padres, Ele começou assumindo o seu papel humano numa família, para santificá´la e remi´la. Assim se expressou o Papa João Paulo II: ´O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, ´Deus de Deus, Luz da Luz´, entrou na história dos homens através da família´(CF,2). É muito significativo ainda que ”o primeiro milagre” tenha sido realizado nas bodas de Caná (Jo 2); onde nascia uma família. Tendo faltado o vinho na festa, sinal da alegria, Ele transformou água em vinho, a pedido de sua Mãe ´ 600 litros de água em vinho da melhor qualidade.
As mazelas de nossa sociedade, especialmente as que se referem aos nossos jovens: crimes, roubos, assaltos, sequestros, bebedeiras, drogas, enfim, os graves problemas sociais que enfrentamos, têm a sua razão mais profunda na desagregação familiar que hoje assistimos, face à gravíssima decadência moral da sociedade. Como será possível, num contexto de imoralidade, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme e equilibrada, e uma vida digna, com esperança? Fruto do permissivismo moral e do relativismo religioso de nosso tempo, é enorme a porcentagem dos casais que se separam, destruindo as famílias e gerando toda sorte de sofrimento para os filhos. Muitos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo essa carência afetiva para sempre.Podemos resumir toda a grandeza, importância e beleza da família, nas palavras do Papa João Paulo II, na Encíclica Evangelium Vitae, sobre o valor da vida humana: No seio do povo da vida e pela vida, resulta decisiva a responsabilidade da família : é uma responsabilidade que brota da própria natureza dela ´ uma comunidade de vida e de amor, fundada sobre o matrimônio ´ e da sua missão que é ´guardar, revelar e comunicar o amor´( FC,17). Em causa está o próprio amor de Deus, do qual os pais são constituídos colaboradores e como que intérpretes na transmissão da vida e na educação da mesma segundo o seu projeto de Pai. É, por conseguinte, o amor que se faz generosidade, acolhimento, doação: na família, cada um é reconhecido, respeitado e honrado por ser pessoa; e se alguém está mais necessitado, maior e mais diligente é o cuidado por ele.

Do livro "FAMÍLIA, SANTUÁRIO DA VIDA"

Fonte: www.cleofas.com.br

A juventude é o maior tesouro da humanidade


Em que estado ela se encontra?

"Filhos, obedecei a vossos pais, no Senhor, pois isso é justo" (Ef 6,1).
A juventude é chamada de "a flor da idade", porque é bela, forte, pujante, cheia de vida e desafios. Mas, muitos jovens estão sofrendo em nossos dias, porque não sabem o sentido da vida e porque não lhes foi mostrada a sua beleza conforme a vontade de Deus.
Muitos ainda não sabem o valor que têm, por isso desprezam sua própria existência e a dos outros. Perdidos no tempo e no espaço, debatem-se, muitas vezes, no tenebroso mundo do crime, das drogas, da violência, do sexo sem compromisso e de outras mazelas.
O maior tesouro da humanidade é a sua juventude. No entanto, em que estado ela se encontra? A quantas anda este tesouro de carne e espírito? Tenho-o visto desprezado, entregue às drogas, ferido pelas armas, destruído pelo álcool, carente de amor e de vida. Que belo tesouro desvalorizado!
O jovem não tem o direito de abandonar-se ou deixar sua vida se estragar; pois ele é a mais bela obra do Criador. Muitos já perderam o magnífico sentido da vida, mas Deus tem um plano e uma vontade para a vida de cada um.
Leia esta estória:
Havia, na Índia, um sábio que desvendava os mistérios da vida das pessoas; ele era assiduamente procurado. Certa vez, um jovem desconfiado e ousado, quis testar a sabedoria do velho sábio. Pegou um passarinho vivo, escondeu-o atrás do corpo e se apresentou diante do homem de cabelos e barbas já brancos.
- O senhor é sábio mesmo?
- Dizem que eu sou.
- Então, responda-me: o que eu tenho em minhas mãos?
- Deve ser um pássaro; jovens como você gostam muito de caçar os pássaros.
- É verdade, o senhor acertou! Parece que é sábio mesmo. Mas me diga, o pássaro está vivo ou está morto?
O sábio agora estava numa situação difícil; se ele dissesse que o passarinho estava morto, o jovem o soltaria a voar; se dissesse que estava vivo, o jovem o mataria em suas mãos sem que o sábio o notasse. Uma cilada de mestre!
- Então, senhor sábio, o passarinho está vivo ou está morto? Responda-me. O senhor não é sábio?
O velho abaixou a cabeça e pensou um pouco.
Depois respondeu ao jovem:
- Depende de você!
Pensativo e cabisbaixo o jovem foi se afastando e, ao longe, olhando para o velho, soltou o passarinho e começou a chorar.
Você jovem tem um passarinho dentro de você. Matá-lo ou deixá-lo viver depende exclusivamente de você, pois você recebeu o dom mais precioso deste mundo: a liberdade. Este pássaro de ouro, que é sua vida, criada à imagem e semelhança de Deus, está em suas mãos. Eu lhe pergunto: o que você vai fazer dela? Depende de você! A vida é sua e de mais ninguém. É o único dom que de fato é inteiramente seu. O resto é seu, mas está fora de você. Não culpe ninguém pela vida que você está levando.
Paul Claudel, um teatrólogo francês convertido, disse que "o jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio". Só Cristo pode dar ao jovem o máximo. Jesus lhe revela a sua beleza e o seu valor; Ele lhe mostra a grandeza de ser “filho amado de Deus”.
O jovem cristão, como já foi dito, deve honrar os seus pais, como ensina o quarto mandamento; deve ser fiel a seus amigos e irmãos, estudar e trabalhar, nunca perder tempo e jamais jogar a vida fora com coisas vazias. Terá que descansar e pode se divertir, mas de maneira saudável, sem pecar, sem fazer do prazer um fim, mas apenas um meio de descansar e poder viver bem fazendo o bem aos outros.
É na juventude que Deus nos chama a um encontro pessoal com Ele. Para alguns será um chamado para a vida sacerdotal ou religiosa, vivendo no celibato e entregando a sua vida radicalmente a Deus a serviço do seu Reino. Não existe nada mais belo para um jovem do que a vocação sacerdotal. Sem o sacerdote não há Igreja, não há perdão sacramental dos pecados, não há Eucaristia, não há salvação.
O jovem cristão é também um evangelizador; especialmente sendo exemplo no meio de seus amigos, sem ter vergonha de sua fé e de sua Igreja. Hoje é difícil dar testemunho de Jesus, viver como a Igreja ensina, rejeitando o sexo fora e antes do casamento; fugindo das diversões perigosas e de todo pecado; mas, quanto mais isso for difícil, mais necessário será para a sociedade voltar para Deus. O jovem precisa conhecer a doutrina católica, ler e estudar o Catecismo para saber dizer a seus parentes e amigos qual a sua esperança e as razões de sua fé.

Fonte: Canção Nova

Santo do Dia - São Lucas


Hoje estamos em festa na liturgia da Igreja, pois lembramos a vida e o testemunho do evangelista São Lucas. Uma figura simpática do Cristianismo primitivo, homem de posição e qualidades, de formação literária e de profundo sentido artístico divino. Nasceu em Antioquia da Síria, médico de profissão foi convertido pelo apóstolo São Paulo, do qual se tornou inseparável e fiel companheiro de missão.

Colaborador no apostolado, o grande apóstolo dos gentios em diversos lugares externa a alta consideração que tinha por Lucas, como portador de zelo e fidelidade no coração. Ambos fazem várias viagens apostólicas, tornando-se um dos primeiros missionários do mundo greco-romano. Tornou-se excepcional para a vida da Igreja por ter sido dócil ao Espírito Santo, que o capacitou com o carisma da inspiração e da vivência comunitária, resultando no Evangelho segundo Lucase na primeira história da Igreja, conhecida como Atos dos Apóstolos. No Evangelho segundo Lucas, encontramos o Cristo, amor universal, que se revela a todos e chama Zaqueu, Maria Madalena, garante o Céu para o "bom" ladrão e conta as lindas parábolas do pai misericordioso e do bom samaritano. Nos Atos dos Apóstolos, que poderia também se chamar Atos do Espírito Santo, deparamos com a ascensão do Cristo, que promete o batismo no Espírito Santo, fato que se cumpre no dia de Pentecostes, e é inaugurada a Igreja, que desde então vem evangelizando com coragem, ousadia e amor incansável todos os povos.

Uma tradição - que recolheu no séc. XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do séc. VI - diz-nos que São Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. Santo Agostinho, no séc. IV, diz-nos pela sua parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade. Este é o retrato que nos transmitiu São Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma.

O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santíssima é tomado de São Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso São Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo São Lucas, "médico queridíssimo". Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais. No segundo cativeiro, do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que "Lucas é o único companheiro" na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. O historiador São Jerônimo afirma que Lucas viveu a missão até a idade de 84 anos, terminando sua vida com o martírio. Por isso, no hino das Laudes rezamos: "Cantamos hoje, Lucas, teu martírio, teu sangue derramado por Jesus, os dois livros que trazes nos teus braços e o teu halo de luz".
É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse ofício, conforme diz São Paulo aos Colossenses (4,14): "Saúda-vos Lucas, nosso querido médico".


São Lucas, rogai por nós!

Sempre é tempo de fazer o bem


Sempre é tempo de fazer o bem, de agir diferente, de recomeçar, de ser feliz, de buscar o novo, de adquirir novos e bons costumes e abandonar os velhos vícios e hábitos, porque hoje é um novo dia e a graça de Deus nos impele a vivê-lo de maneira nova.

Não insistamos em viver arrastando os fardos pesados e amargos, tornando a vida difícil e complicada. Se precisamos perdoar, perdoemos; se precisamos ajudar alguém, ajudemos. Desvencilhemo-nos de todo negativismo e abramo-nos Àquele que pode mudar radicalmente a nossa vida, tornar-nos pessoas saudáveis e equilibradas e que bate hoje insistentemente à porta do nosso coração, porque quer nos dar vida nova: Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor.

Jesus passou por esta vida fazendo o bem a todos indistintamente, e como Ele devemos também agir. Deixemo-nos ao longo deste dia ser interpelados por esta pergunta de Cristo: “O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?” (Lc 6,9).

O dia para fazer o bem é hoje. Não permitamos que o nosso coração se feche nem que a graça de Deus passe na nossa vida sem que tomemos posse dela.
Senhor, ensina-nos a agir como o Senhor age.
Jesus, eu confio em Vós!

sábado, 16 de outubro de 2010

AQUELES BOTÕES DE OUTUBRO


No ultimo domingo de outubro você vai ajudar a decidir quem o representará, quem governará o nosso pais e quem será o presidente do Brasil por mais quatro anos. Há muitos políticos postulando essas honrarias. Eles dizem que é um chamado, um dever e sincero desejo de servir. Garantem que não é pelo dinheiro, nem pelas vantagens. Dizem ter soluções para os grandes problemas do nosso povo e gostariam de poder implementá-las. Por isso estão pedindo o seu voto. Se milhões os escolherem, sentar-se-ão naquela cadeira, meio nicho e meio trono, para parlamentar ou para governar.

Seus dedos irão apertar alguns números. Com isso você, ou os conduzirá, ou confirmará, ou destituirá. Os políticos são eleitos pelo povo, pagos com o dinheiro do povo, mantidos com regalias pelo povo e conduzidos, reconduzidos ou apeados do poder pelos dedos do povo. Basta você apertar aqueles números.

Se eleitos pela maioria, seus dedos assinarão decretos em favor dos que realmente precisam, ou em favor de seus amigos ou de partidos ou de grupos poderosos que os ajudarão a manter-se no poder. Aí você, outra vez, daqui a quatro anos poderá usar seus dedos para dizer o que pensa deles.

O exercício da democracia e da cidadania supõe a disposição de alguns cidadãos de concorrer ao poder ou de militar na oposição, vigiando quem governa. Haverá momentos em que governo e oposição decidirão juntos em favor do povo. Haverá momentos em que vencerá um dos lados. Farão boa política se não se deixarem levar pelo ódio, se um não esmagar o outro e se prevalecer a verdade. Eles se vigiarão batendo boca lá no parlamento e no executivo e nós os vigiaremos em toda a parte.
Do lado de fora e às vezes nas galerias, igrejas, Ongs, Escolas, grupos de serviço, jornalistas e demais comunicadores, políticos que não concorreram, agirão para que os eleitos governem e nos representem direito. Se não votarem como esperamos daqui a quatro anos podemos tirá-los de lá.

É por isso que você não vai apertar aqueles botões de maneira superficial. Relembre os fatos, releia os jornais, recorde as noticias, preste atenção no que andam dizendo e prometendo, assista à propaganda deles com senso crítico e decida pensando no país. Eles falam bonito! Vamos ver se fazem bonito! Se não está satisfeito, vote para mudar. Se está, vote nos mesmos cidadãos que nos últimos quatro anos estiveram lá fazendo leis e governando nosso povo. Trabalharam a contento? Você sentiu-se bem representado ou quer tentar com gente nova? Na democracia o poder é do povo. Você faz parte do povo. Então aperte certo aqueles botões de outubro!


Fonte:http://www.padrezezinhoscj.com

O “GPS” DE DEUS


Ganhei um GPS, assinalei a direção e fiz 150 quilômetros, orientado por uma voz de alguém que nunca vi. A voz me dizia onde eu estava, para onde deveria me virar e até me prevenia quanto a elevações e buracos no caminho. Os sinais me lembravam que eu estava sendo filmado e visto de lá de cima. Por ele eu sabia que passaria por câmeras. Com isso controlava a velocidade. Ouço dizer que há um GPS que alerta contra o excesso de velocidade.

Os humanos são muito criativos. Por um lado me orientam e por outro me vigiam. Sabem onde estou. Para me esconder daquele artefato no céu eu teria que me esconder num túnel. Sou vigiado 24 horas por dia nas ruas, nas avenidas, nos shoppings, nos aeroportos. Vivemos num imenso BBB. Apenas não nos damos conta disso nem somos tão exibidos quanto aqueles que lá se expõem por meses. Mas o Big Brother do famoso romancista inglês já chegou e já nos comanda.

Pensei comigo! Se os técnicos que não vejo podem me ver e me seguir, levando-me a endereços que eu não acharia sozinho e se aceito que os homens podem, por que eu negaria que Deus me vê, me guia e me orienta? Se aceito orientação de um aparelhinho com uma voz de alguém que não conheço, por que não aceitaria a orientação do Livro Santo, dos profetas e de Deus?

Ouço dizer que há aparelhos falsos que não levam aonde prometem. Também em questão de fé há pregadores falsos que garantem levar, mas não levam. Entregam aos seus fiéis um GPS estragado. No dizer de Padre Antônio Vieira nos eu Sermão da Sexagésima, não pregam a palavra de Deus, mas palavras sobre Deus e não poucas vezes, palavras altamente elogiosas sobre si mesmos.

Isso não quer dizer que todos os que se dispõem a nos conduzir são gene falsa e interesseira. Há os bons e desapegados. Assim como há GPS confiável, também há pregadores confiáveis. GPS às vezes falham e pregadores também. Mas se me deixei guiar por 150 quilômetros com a precisão incrível do satélite, não vejo porque não aceitar minha Igreja, que em muitos casos é imprecisa tanto quanto aquele GPS e em outros é certeira. É aquilo mesmo, sem tirar nem por!

Acho que Deus tem o seu modo de conduzir e nos dá a todos um GPS espiritual. Se o quisermos deixar desligado ou ignorá-lo, podemos. É só silenciar a voz de Deus como se silencia a de um GPS. Muitos o fazem. Desligam-se de Deus. Pensam que desligaram Deus, mas, na verdade, desligaram-se de Deus.

Na verdade há muito tempo que somos controlados pelo céu e pela terra. E se quiserem saber que mais nos espia e controla? O mundo! Deus é bem mais respeitoso de nossa liberdade. Experimente não pagar o aluguel, o empréstimo, os impostos ou o armazém... Deus vê mais, controla menos, vinga-se menos e dá muito mais chance do que o mundo costuma dar. É que Deus é amor e o mundo em geral é guiado por interesses. Deus se interessa, mas o mundo em geral é interesseiro. Entre o GPS de um e de outro, o de Deus é bem melhor!

Casais que se contemplam


Contou-me ele, depois de onze anos de casamento. Não conseguindo dormir de dor no joelho, sentou-se numa poltrona ao lado da esposa que dormia no leito, chegou mais perto e passou a noite contemplando a mulher que o fizera pai, o ajudara a amadurecer para o amor e para a vida e o enchera de felicidade e sensatez.

-"Gratidão foi o que senti"-, dizia ele. E prosseguiu: - "Deus me deu uma mulher suave, bonita, dois filhos, uma família amorosa e uma cúmplice para todos os momentos"

E discorria:

"Fiquei olhando a mulher que eu procurara e achara, a mãe dos meus filhos, aquele corpo bonito, aquela alma escondida sob os olhos que dormiam, e vi nela meu outro eu, extensão de mim, ou eu extensão dela, não sei ao certo!

Mas uma das frases dele captou-me de maneira especial. Disse-me: -" Eu era um tipo de homem antes dela. Depois dela eu mudei. Acho que Deus a enxertou em mim e me enxertou nela. Produzo frutos que jamais pensei ser capaz de produzir. Ela deu sabor especial à minha vida. Acho que eu também a tornei mais pessoa."

Palavras de marido apaixonado que contempla sua esposa à beira do leito. Quantas esposas e maridos não assinariam em baixo dessa frase? Embora vocês brinquem, dizendo que se casaram com um desastre, com um estrupício, brincadeiras à parte, vocês sabem que, agora, quando querem achar-se, precisam mergulhar um no outro, porque seu eu está dentro da pessoa amada. Vocês deram, um ao outro, o que tinham de melhor e, agora, quando querem achar o melhor si, procuram no cônjuge. É investimento que rende! Isso, quando o casamento deu certo!

Conto sempre a história de Dona Leila, para ilustrar o que é um bom casamento. As meninas, que a idolatravam pela excelente mestra e amiga que era, um dia, em aula, perguntaram, à queima roupa, quando ela perdera a virgindade. Dona Leila, tranqüila, reagiu:

- Mas eu não perdi! Não sou mais virgem, mas não perdi a virgindade!

- A senhora é casada e tem três filhos. Como não perdeu a virgindade?

- Eu não rodei bolsinha, nem saí do baile para o motel com um cara que nunca mais vi. Não perdi a virgindade para qualquer um. Dei-a ao meu marido e ele mora comigo. Minha virgindade está lá no mesmo leito que dividimos há catorze anos. E está em excelentes mãos. Só perde a virgindade quem não sabe onde a colocou. Eu sei o que fiz. Foi troca: eu me dei a ele e ele se deu a mim. Agora eu sou de um bom homem e ele, modéstia à parte é meu. Ele não precisa dizer isso: eu percebo.

Daquele dia em diante, as meninas perceberam que, isso de gostar de um cara, namorar e acasalar, passa pela descoberta de quem é este outro com quem criarão filhos. Sem alteridade, o sexo é apenas um troca-troca egoísta. Com alteridade é uma viagem de almas e corpos entrelaçados. É por isso que o casamento se chama de enlace! De laços o amor é feito.

Texto: Pe. Zezinho, scj

“Ele é que deve crescer, e eu diminuir” (Jo 3, 30)


Senhor, plantai no mais fundo do meu coração o desejo e a necessidade de passar despercebidos aos olhos do mundo, a necessidade de ocultamento, para viver discreta, gozosa e exclusivamente na Vossa presença. Que não exista a menor possibilidade de que aqueles que sou chamado a servir "in personna Christi" se detenham em mim. Que eu não seja impedimento para que eles caminhem, generosamente, para Vós.
Ponte, que eu seja Ponte. Ponte que potencia o encontro entre aqueles que me deste e Vós.
Senhor, concedei-me a graça da fidelidade à vocação que generosamente e "sem mérito algum da minha parte" me concedeste. Que saiba permanecer “escondido”, que saiba permanecer “oculto”, para melhor e mais generosamente, sem qualquer tipo de estorvo, me abrir à Vossa graça, mergulhar no Vosso Coração Misericordioso, só n’Ele viver, só para Ele viver e só d’Ele me alimentar, e tendo experimentado a grandeza da Vossa Misericórdia e do Vosso Amor, para Vós "todos" encaminhe.
Nutri de eternidade a minha vida, e permiti que à medida que se consome e gasta por amor a Vós, carregue comigo toda a Humanidade para Vo-la apresentar. Como a lâmpada do Sacrário, a minha vida ilumine e conduza o caminho dos demais para o Vosso seio, Ó Deus Santo, Forte, Imortal.

Que eu saiba assumir, como meu, o projeto de vida de São João Batista: “Ele é que deve crescer, e eu diminuir” (Jo 3, 30).
Que a minha alegria esteja em não ser nada para que Vós sejais “Tudo” em todos.


Fonte: Água viva.