Sagrado Coração de Jesus.

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Você Sabia?


Você sabia que a segunda-feira logo após a páscoa é chamada de pascoela?

Ocorre sete dias depois da Páscoa, correspondendo ao domingo seguinte ao domingo de Páscoa, também denominado Dia da Misericórdia de Deus, oitava da Páscoa ou Quasímodo.

Estas duas últimas designações, embora ainda se usem, eram mais utilizadas antigamente, celebrando-se a oitava noutras liturgias importantes da Igreja, prática caída em desuso quando da reforma do calendário religioso após o Concílio do Vaticano II.

A Pascoela simboliza o prolongamento do próprio domingo de Páscoa, numa atitude festiva da Igreja e dos fiéis, podendo dizer-se que representa uma espécie de diminutivo da palavra Páscoa.

Recorde-se que o batismo dos primeiros Cristãos adultos ocorria durante a Vigília Pascal, ritual que continua a manter-se, sendo a quadra da Páscoa a preferida desde os primórdios da religião cristã para se efetuarem os batismos dos catecúmenos.

Daí, chamar-se também – conquanto não já oficialmente – ao domingo de Pascoela o domingo In Albis (domingo branco), devido ao fato dos catecúmenos utilizarem (como hoje) vestimentas brancas no ato do batismo, celebrado depois, festivamente, por toda a semana que decorria desde o domingo de Páscoa ao domingo de Pascoela.

Nos dias atuais, à semelhança de outrora, os batismos continuam a realizar-se por toda a semana que medeia estes dois domingos, embora, por tempos idos, apenas nesta época do ano a Igreja procedesse à imposição do batismo. Hoje já assim não é, mas continua a verificar-se a preferência da quadra pascal para se efetuar o batismo, sobretudo das crianças.

Na tradição popular, é durante a celebração da missa do Senhor no domingo de Pascoela – quando esta se realiza às três horas da tarde em ponto – que, «ao pedir-se uma graça, ela será atendida».


Oração a Jesus Ressuscitado e Misericordioso

Jesus Ressuscitado, rolai as pedras do meu caminho!

Ó Deus de grande Misericórdia e Bondade infinita. Eis que hoje venho suplicar pela Vossa Misericórdia as Graças necessárias para mim e para meus familiares:

(Faça agora seu pedido a Jesus Ressuscitado, a Jesus Misericordioso! ...).

Ó Senhor, aumentai em nós sem cessar a Vossa Misericórdia, a fim de que possamos cumprir fielmente a Vossa Santa Vontade durante toda nossa vida e na hora da morte. Que o Poder da Vossa Misericórdia nos defenda dos ataques dos inimigos da Nossa Salvação. Jesus é a nossa confiança. Pelo Seu Coração Misericordioso, como por uma porta aberta, esperamos entrar no Céu.

Jesus Misericordioso, Jesus Ressuscitado, eu clamo a Vossa Misericórdia e a Força da Ressurreição. Rolai essas pedras do meu caminho.

Jesus, eu confio em Vós...

Senhor Jesus Cristo, que tendo ressuscitado dos mortos, nos abriu as portas da eternidade. Afugentai as trevas, a discórdia, a desavença, e rolai as pedras do meu caminho, da minha família e do meu ambiente de trabalho.

Jesus Misericordioso, eu clamo a Vossa Misericórdia sobre esta causa:

(Faça novamente o seu pedido)
Jesus Ressuscitado, Jesus Misericordioso, eu clamo o Vosso Poder. Amém

Fonte: Oração site: www.padrereginaldomanzotti.org.br

domingo, 24 de abril de 2011

O encontro de Jesus e Maria


A Santíssima Virgem Maria teve vários encontros com Jesus, mas este era preferível que não acontecesse. A Mãe, cheia de dor, vai ao encontro do FILHO que se dirige ao calvário levando às costas um pesado madeiro. Encontro que dispensa palavras, pois fala por si; encontro doloroso que deixa marcas. Sua dor é inigualável. Maria sofre mais ainda por nada poder fazer nesse instante para aliviar o sofrimento de Jesus e também o seu.

Maria renunciou a tudo, até aos direitos sobre seu filho, derivados dos vínculos de sangue. O SIM da Anunciação tinha sido a sua assinatura em branco no plano de Deus. Tinha sido a aceitação incondicional de um mistério que se revelaria a pouco e pouco - e, de casa vez, por meio de um rasgão sangrento - no decurso de sua existência.

Maria ofereceu, generosa e cândida na vontade do Pai, o seu Cristo aos homens. E deve assistir à destruição do seu presente, executada pelos homens. Maria é, por excelência, a criatura do encontro. “Cheia de graça, foi o lugar de encontro entre Deus e a humanidade”. Na sua pessoa, o homem fugitivo foi, finalmente, alcançado por Deus, que nunca se resignara àquele afastamento.

O encontro ao longo do caminho que leva ao “Lugar da Caveira” não tem outro significado que esta comum consciência de um sacrifício ilimitado. É o último “sim”. Cristo já pode retomar seu caminho. Melhor, nem se deteve...

Que em nós haja suficiente silêncio para escutar a Sua palavra de salvação e de conversão. Convence-nos desta verdade: só quem encontra Deus é capaz de encontrar verdadeiramente os homens.


+ Dom Eurico dos Santos Veloso

Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG)

Domingo de Páscoa



A palavra “alegria” é o que mais marca o sentido real do dia da Páscoa. A partir deste dia tudo deve ter sentido novo, nova esperança, novo dinamismo e revigoramento na história de vida fundamentada na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Celebrar a Páscoa é deixar-se invadir pelo amor misericordioso e libertador de Cristo, despertando nosso entusiasmo e confiança na vida. Tudo passa, o mundo ainda continua, as riquezas materiais não nos acompanham, mas a vida ganha plenitude e dimensão de eternidade.

A Páscoa indica um novo tempo, a passagem das trevas para a luz, para uma nova aurora. No seu verdadeiro sentido, ela nos tira do comodismo e nos leva a avançar nos compromissos de fé. É prejuízo continuar permanecendo nas “trevas”, no túmulo da morte. Mesmo com toda a riqueza que a Páscoa proporciona, muitos ainda se sentem desamparados, desorientados e mergulhados em dúvidas. Não podemos encher esses vazios com vícios, bebidas, drogas, ameaças à vida etc. Páscoa é vida e ação concreta.

Como aconteceu com os apóstolos, hoje muitos têm dificuldade de entender a morte de Cristo, têm resistência em aderir a Ele, morto e ressuscitado, com convicção de fé. Realmente não é fácil, porque a fé supõe autenticidade e testemunho. A identidade pascal é confirmada nas atitudes de partilha, na experiência de fé e no crescimento do amor fraterno. É questão de alteridade e superação das barreiras que separam as pessoas, fragilizando o empenho missionário na prática de comunidade.

A dimensão da Páscoa é ilimitada. A salvação é para todos os povos, mesmo que isto não seja reconhecido universalmente. Deus não faz distinção ou acepção de pessoas. Todos aqueles que O temem e praticam a justiça lhe são agradáveis e acolhidos. Dizemos que a Páscoa não combina com atitudes desumanas, impurezas descabidas, desejos maus e cobiça de possuir de forma desequilibrada. A vida ressuscitada deve ser coerente com a fé e o cumprimento dos preceitos de Jesus Cristo. É a morte dos maus comportamentos e das práticas religiosas que contradizem a fé cristã.


Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto.

Fonte: Rede Vida o canal da Família

Meditação do Evangelho do Domingo de Páscoa (Jo 20,1-9)


Juntamente com Maria Madalena vamos bem cedo ao túmulo e sermos testemunhas do grande milagre do amor de Deus para a humanidade e sairmos de lá com a missão do anúncio desta boa notícia para todos!

O trecho que a liturgia nos oferece para a nossa meditação nos insere no contexto pascal de Cristo – luz do mundo – cuja ressurreição dissipa as trevas da morte. O fato acontece no primeiro dia da semana ainda bem cedo – quando ainda o sol não havia ainda brilhado sobre a terra (tudo estava escuro). Contudo, mesmo assim, Maria Madalena consegue perceber que a pedra que havia sido posta na entrada estava retirada!

Correndo ao encontro dos discípulos Simão Pedro e o discípulo amado comunica-lhes a retirada do corpo do Senhor – mesmo sem ter entrado no túmulo e isto é o suficiente para estes dois discípulos correrem até o lugar onde haviam colocado o corpo de Jesus.

Constatando o sinal visível da ressurreição do Senhor- os panos de linho deixados no chão, viram e creram e passaram a compreender a Escritura segundo a qual “ele” deveria ressuscitar dos mortos.

A compreensão da ressurreição de Cristo se dá no encontro com o Senhor ressuscitado, o que acontecerá nos domingos posteriores. A nossa tarefa será muito mais deixar-se encontrar pelo senhor da vida e fazer deste encontro um momento privilegiado de restauração da nossa existência e de toda a criação que ainda geme como em dores de parto aguardando essa restauração a partir de nossas ações para a preservação da vida neste planeta.

Sejamos todos nós felizes testemunhas da vitória de Cristo sobre as estruturas da morte ainda tão presentes e que obscurecem a ação luminosa que a mensagem da ressurreição quer anunciar!


O Senhor ressurgiu verdadeiramente! Aleluia!

Em Jesus, o bom pastor e Maria nossa mãe.


Pe. Fernando Antonio Carvalho Costa

Exultai de alegria


Somos chamados a dar testemunho do Ressuscitado

A primeira motivação da Páscoa é a vivência concreta do batismo, sendo isso a fonte do testemunho cristão. É o testemunho da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, fundamento autêntico da nossa fé.
Com todos os passos realizados na vida cristã, o importante é ter uma fé amadurecida, capaz de lutar pela paz e pela dignidade das pessoas. Mas isso depende da experiência e da vivência com o Cristo ressuscitado.

A paz e a alegria só podem ser experimentadas na convivência comunitária e na prática da solidariedade.
É aí que sentimos a presença libertadora de Cristo ressuscitado e vivo em nosso meio. Com isso começa uma nova criação.

Ressuscitando, Cristo nos dá motivações para a construção do Reino de Deus em nossas comunidades. Passamos a ter atitudes novas e mais comprometedoras com tudo que ajuda na realização das pessoas.

A hora é de superar o medo, a incredulidade e a tristeza. Temos que exultar de alegria porque as práticas de morte foram vencidas pela vitória da vida. Agora é acreditar na primazia do bem e da paz.

A opção pelo Reino de Deus implica passar pelos caminhos percorridos por Jesus Cristo.
Não foi um empenho fácil, envolvendo inclusive a morte. Supõe, de nossa parte, unidade na fé e na solidariedade para com os excluídos da sociedade.

O prolongamento da missão de Jesus acontece hoje nos compromissos da comunidade e de cada pessoa com aquilo que favorece a vida. É preciso estar contra tudo que provoca a morte de forma irresponsável.

Somos alegres porque o Senhor ressuscitado é sempre misericordioso e tem um amor para sempre. Só isso é capaz de formar comunidade e sensibilizar o coração humano para a vivência concreta do amor.

Hoje somos chamados a dar testemunho do Ressuscitado. Testemunho de amor e de justiça, de vida, e não de morte. É ter e viver a fé, assumindo a missão concreta na comunidade. Não podemos mais ficar passivos e acomodados diante das realidades do mundo que contrariam o projeto do Reino.


Dom Paulo Mendes Peixoto

Bispo de São José do Rio Preto

Fonte: Rede Vida o canal da Família

Páscoa é uma festa de família



O verdadeiro sentido dos símbolos pascais

Que conceito bonito este de que a família é a Igreja doméstica:


"Em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hostil à fé, as famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e irradiante. Por isso, o Concilio Vaticano II chama a família, usando uma antiga expressão, de “Eclésia domestica”. É no seio da família que os pais são 'para os filhos, pela palavra e pelo exemplo... os primeiros mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada qual, especialmente a vocação sagrada'” (Catecismo da Igreja Católica, n° 1656).

O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de “Igreja doméstica”, comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã (Catecismo da Igreja Católica, n° 1666).

O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de “Igreja doméstica”, comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã (Catecismo da Igreja Católica, n° 1666).

Os pais são os primeiros a transmitir a fé, os valores cristãos e universais e uma boa educação para os filhos. Pai e mãe são mestres da vida, pela palavra e pelo exemplo eles nos ensinam coisas que vamos levar para a vida toda, que irão influenciar as nossas escolhas e, principalmente, formar a nossa consciência do bem e do mal.
Serão os primeiros catequistas, que, muito mais do que ensinar, irão transmitir pela prática, porque os filhos os verão fazendo.

Eu mesmo poderia dizer da minha mãe e da minha avó quando as via rezar o terço diante da imagem de Nossa Senhora: “Era uma santa ouvindo o que a outra santa dizia!” Meus pais imprimiram em mim muito mais do que traços biológicos e heranças hereditárias, qualidades e defeitos e o desejo de um futuro brilhante. Eles fizeram com que eu experimentasse o amor de Deus e a graça da fé. Quando ainda era criança, sem que eu entendesse, me deram um banho de Água Viva, que me fez nascer de novo e me enxertou em Cristo Jesus. Dando-me assim o Dom da imortalidade e a graça de pertencer a uma família muito grande: a Igreja!

Como explicar para as nossas crianças e jovens que, na Páscoa, o mais importante é a festa da vida que vence a morte?
Que Cristo verdadeiramente foi morto numa cruz e que, por aceitar morrer assim, Ele nos libertou do pecado e nos salvou pela Sua Ressurreição? A Páscoa é uma festa de família, porque viver ressuscitado é saboroso como o chocolate, é cheio de vida como o ovo e é tão fecundo como um casal de coelhinhos. É preciso ter a coragem de celebrar a fé em família e ensinar o verdadeiro sentido de ser cristão.

Celebrar a Páscoa é renascer com Cristo ressuscitado, é passar da morte para a vida, é vencer o pecado e a morte. É também celebrar a vida com o sabor de um ovo de chocolate e mostrar ao mundo que o cristão precisa ser como o coelho: fecundo em virtudes, amor e santidade. É arrumar uma ceia e acender uma vela para convidar os amigos e parentes para se iluminarem com a luz de nossa fé. Uma fé que nasce e renasce constantemente no seio de nossas famílias. É ser criativo e pedir ao Espírito Santo que grave em nossos corações a Graça e o verdadeiro sentido dos símbolos pascais:

O Círio Pascal: Representa o Cristo Ressuscitado, que deixou o túmulo, radioso e vitorioso. Na vela pascal ficam gravadas as letras Alfa e Ômega, significando que Deus é o princípio e o fim. Os algarismos do ano também ficam gravados no Círio Pascal. Nas casas cristãs é comum o uso da vela no centro da mesa no almoço de Páscoa.

O ovo, aparentemente morto, é o símbolo da Vida que surge repentinamente, destruindo as paredes externas e irrompendo com a vida. Simboliza a Ressurreição.

O Cordeiro: Na Páscoa da antiga Aliança, era sacrificado um cordeiro. No Novo Testamento, a vítima pascal é Jesus Cristo, chamado Cordeiro Pascal.

O Coelho: Símbolo da rápida e múltipla fecundidade da Igreja, que está espalhada por toda a parte, reproduzindo fiéis: há um número incalculável de filhos de Deus, frutos da Graça da Ressurreição.

O Trigo e a Uva: Simbolizam o pão e o vinho da Santa Missa e, por seu grande significado com a Trindade Santa, traduzem, por excelência, o símbolo Pascal. Para a ornamentação da mesa de Páscoa, nada mais indicado que um centro feito com uvas e trigo, entre cestas de pães e jarras de vinho.

O peixe é o mais antigo dos símbolos de Cristo. Se Cristo é o Grande Peixe, somos os peixinhos de Cristo. Isso quer dizer que devemos sempre viver mergulhados na Graça de Cristo e na Vida Divina, trazidas a nós pela água do batismo, momento em que nascemos espiritualmente, como os peixinhos nascem dentro d’água.

Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente ALELUIA!!!


FELIZ PÁSCOA!


Padre Luizinho, Com. Canção Nova

terça-feira, 1 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011: CREIO EM DEUS, PAI CRIADOR



Um artigo do Cardeal Odilo Pedro Scherer

A Campanha da Fraternidade de 2011 (CF-2011) propõe uma questão de evidente atualidade: fraternidade e a vida no nosso Planeta. Nem é preciso argumentar muito para justificar a escolha desse tema pela CNBB: Já faz tempo que estudiosos estão alertando para o fenômeno do aquecimento global e suas consequências para o clima e para o equilíbrio ecológico.
As Conferências mundiais sobre o clima, que congregam as maiores autoridades científicas da área, deixam sempre mais evidente que o sistema produtivo da economia moderna e contemporânea desencadeia intervenções inadequadas do homem na natureza e se constitui numa ameaça real para o equilíbrio ecológico e até mesmo para o futuro da vida na terra. Em contraste com tais constatações, nas mesmas movimentadas Conferências sobre o clima, as principais autoridades políticas e econômicas do Planeta não conseguem chegar a um acordo sobre as medidas a serem adotadas para sanar o problema e prevenir os riscos. È difícil redimensionar o desenvolvimento econômico, quando a receita é renunciar a certo padrão de consumo dos recursos naturais, que equivale à depredação e depauperamento da natureza. Exigimos da natureza mais do que ela pode oferecer, sem comprometer a sua sustentabilidade.
A CF-2011 convida a encarar seriamente a responsabilidade humana em relação ao futuro da vida no planeta Terra, o “ninho da vida” no universo, a casa comum da grande e diversificada família humana. O Texto Base, que apresenta a proposta da CF, traz argumentos e reflexões sobre o fenômeno do aquecimento global e os motivos que deveriam levar todos a pensar sobre o que é possível fazer e o que não se deveria fazer, para evitar a deterioração do ambiente da vida na terra. Argumentos bíblicos e teológicos deveriam motivar os cristãos e todos os crentes em Deus a uma verdadeira conversão nos modos de viver e de se relacionar com a natureza, quando ficam comprometidas a qualidade da vida e a fraternidade na família humana. Todos são convidados a se envolverem na CF-2011.
Destaco dois motivos de fundo religioso, que deveriam ser levados em conta por todas as pessoas de fé no tocante à questão ecológica. Primeiramente, tratar bem a natureza e cuidar do pedaço do Planeta que ocupamos está implicado na nossa fé no Deus Criador. Professamos a fé no Deus, Criador do céu e da terra, não importa como, ou quando isso aconteceu. A ciência pode continuar a pesquisar sobre a origem do universo e da vida na terra e isso não contradiz a nossa fé no Deus Criador. O certo é que não fomos nós que demos origem a toda essa beleza e grandiosidade. Dizer que tudo isso surgiu por si mesmo é um grande absurdo.
Mas também aprendemos da nossa fé que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, confiando-lhe o cuidado do “jardim da vida”. Embora pequeninos entre as criaturas do grande universo, somos importantes e Deus nos trata com predileção especial. O poeta do Salmo tem consciência disso, quando exclama, admirando o céu numa noite estrelada: “Que é o homem, Senhor, para que dele te ocupes?! No entanto, Tu o fizeste pouco menor que um deus... Tu o colocaste à frente da obra de tuas mãos!” (cf Sl 8). Sim, Deus colocou o mundo à disposição do homem; não para que acabe com ele, e sim, para que dele viva e usufrua, mas também para que zele por ele, qual bom administrador. Cuidar bem da natureza é sinal de fé e de gratidão para com o Deus Criador. Avançar sobre a natureza com a vontade de possuir e dominar, é cair novamente na tentação de “ser deuses”, como Adão e Eva no paraíso (cf Gn 3). Quando o homem resolve assumir o lugar de Deus, desprezando seu desígnio, a desordem e o caos entram no mundo, com seus frutos de injustiça, violência e morte.
O outro motivo, relacionado com o primeiro, é de fundo ético e moral: Cuidar bem da Terra, nossa casa comum, é questão de responsabilidade e solidariedade. Os bens da criação foram colocados por Deus à disposição de todas as suas criaturas; descuidar da natureza, ou estragá-la, é falta de respeito e de justiça para com o próximo e para com as futuras gerações. Não somos os únicos a ocupar esta casa, nem seremos os últimos; e é moralmente correto pensar nos outros, quando nos relacionamos com a natureza. Não ficará bem deixar atrás de nós um paraíso depredado, o mundo cheio de lixo, as terras desertificadas, as águas contaminadas, o ar irrespirável, o equilíbrio ecológico comprometido... A CF-2011 é um convite a refletir, para formar uma consciência comum sobre nossa responsabilidade e para tomar decisões eficazes sobre os cuidados que a Terra merece. É nossa casa comum. E ainda será a casa dos que viverão depois de nós.


Fonte:http://padrecarlostamboril.blogspot.com