Sagrado Coração de Jesus.
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010
“Eu sou a ressurreição e a vida”
” ressurreição de Jesus é um mistério, um fato de ordem sobrenatural, que se situa para além da experiência humana. Embora ultrapasse os nossos sentidos e vá além de nossa experiência, a ressurreição de Cristo é um acontecimento real, isto é, pode ser comprovado. É o ponto central da pregação dos Apóstolos, “as testemunhas designadas de antemão por Deus: a nós que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos” (At 10, 41).
Cristo anunciou diversas vezes e de modos distintos que ressuscitaria (cf. Mc 8, 31; 9, 31; 10, 33-34).
Jesus teve a delicadeza de preparar a Sua ressurreição, ressuscitando pessoas, afirmando: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11, 35).
Em sua peregrinação terrena, Jesus exprimiu muitas vezes, por gestos e palavras, a grande esperança da vida que viera oferecer a cada um de nós que cremos.
“Todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais” (Jo 11, 26).
O que seremos depois já o somos agora, ressuscitados na fé e na esperança. No batismo fomos sepultados com Cristo para nele ressuscitarmos para uma vida nova.
Quais “homens e mulheres pascais”, somos enviados a proclamar o Evangelho da vida com a força de Cristo ressuscitado. Aliás, a vida cristã é duelo radical entre a morte e a vida. Não fomos criados para a morte, mas para vivermos eternamente, pois “a glória de Deus é que o ser humano viva” (Santo Irineu).
Devemos, portanto, instaurar uma “nova cultura da vida”, que seja fruto da cultura da verdade e do amor, (cf. EV, 77). Com sua ressurreição, Cristo abriu definitivamente o caminho da vida. Ele, Vida que não morre, reabriu à esperança toda a existência humana.
Desde que Pedro, os discípulos, as piedosas mulheres, e “mais de quinhentos irmãos de uma vez” (1 Cor 15, 6) viram Cristo ressuscitado, somos convidados a viver na esperança da feliz ressurreição.
Deixando o sepulcro do pecado e da morte, saindo para fora de nossos egoísmos e amarras comprometedoras, caminhemos livres ao encontro da vida que nos chama.
Pela fé em Cristo podemos vencer a morte e participar de Sua Vida transfigurada. Em toda Eucaristia que celebramos alimentamos a nossa própria ressurreição.
Vamos, pois, com fome ao altar de Deus saciar nossa fome de ressurreição e de vida nova.
Em busca de uma sociedade fraterna, solidária e justa, empenhemo-nos em proporcionar às Pessoas seus direitos e dignidade. Deste modo, nossa Páscoa será mais plena e feliz.
Votos de uma verdadeira experiência pascal e uma especial bênção.
Dom Nelson Westrupp, scj
Presidente do Conselho Episcopal Regional Sul 1 - CNBB
Fonte:http://www.cnbbsul1.org.br